quarta-feira, 19 de outubro de 2011
Construir mais escolas ou construir mais presídios?
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
ARTIGO MARILIA ARRAES
Sinto-me especialmente feliz por conseguir me indignar frente a coisas simples e relativamente bem aceitas pela sociedade. Um exemplo são os tradicionais concursos de miss.
Quantas mulheres, ao longo da história, dedicaram suas vidas a combater o machismo, a conquistar o espaço que temos hoje. Mulheres que viveram e enxergaram além do seu tempo e, por isso, foram estigmatizadas, hostilizadas e sofreram todas as "sanções sociais" possíveis.
Hoje, procuramos nos qualificar profissional e intelectualmente. Aprendemos idiomas estrangeiros para alcançar novas culturas e novas oportunidades - não, apenas, por ser obrigação de uma moça fina. Batalhamos, todos os dias, no mercado de trabalho, para receber, no mínimo, o mesmo salário que os homens, ao executar o mesmo trabalho. Brigamos em casa para que nossos companheiros dividam as tarefas domésticas e, consequentemente, compatilhem conosco o "terceiro expediente". No trabalho, elogios e assédio ainda se confundem e as dúvidas sempre pairam sobre quem não se submete. Afinal, é mais fácil encontrar uma subalterna vadia, do que um chefe tarado.
Nosso corpo é só nosso e, por isso, temos que brigar, ainda, com a Igreja e com o Estado, para que compreendam isso e nos permitam cuidar dele como nos convenha. Por falar em corpo, temos mesmo que cuidar dele muito bem, porque há grandes chances de sermos discriminadas, caso estejamos muito distante dos padrões de beleza. Quantas são admiradas por serem chefes de família, por criarem seus filhos e serem mães e pais ao mesmo tempo? Tenho a certeza, também, de que hoje as mães sonham que suas filhas ocupem, em igual quantidade e qualidade, cargos de chefia, diretorias, presidências. Poucas décadas atrás, o principal anseio das mães para felicidade de suas filhas era mais difícil de alcançar: que fizessem um bom casamento (seja lá o que isso significasse), tivessem muitos filhos e fossem felizes para sempre.
Em meio a todo esse contexto, vemos concursos de beleza de todo tipo. Miss disso ou daquilo, musa, garota, rainha, princesa. Desfilam, dançam, respondem abobrinhas, coisas ridículas e medíocres ou, no mínimo, memorizadas e falsamente vomitadas ao microfone. São ridicularizadas, servem de chacota, seja por serem bonitas e terem falado absurdos, seja por não cumprirem com os padrões - locais ou "universais" - de beleza imposto nos concursos. No final, a vencedora ganha uma faixa, um cetro e uma coroa. Acena doce e passivamente à multidão, chora de emoção, agradece, vai embora. Em resumo, representa tudo o que sempre nos tentaram impor e que esbravejamos para não permitir. Aceitam pacificamente discriminação social e racismo evidentes em TODOS esses concursos, e assumem, tacitamente, que a beleza é o que uma mulher pode oferecer de melhor. Afinal, o que mais elas oferecem nesse concurso? Habilidades? Conhecimentos? Cultura?
Esse ano, o Miss Universo acontecerá no Brasil. Para quê? Não precisamos de uma rainha, temos uma presidenta eleita pelo voto direto. Já colocamos a faixa no peito de uma mulher que não é bonita, não é jovem, nem loira, alta e magra. Tem o corpo castigado por lutar pela democracia e pelo povo do seu país. Por não ser doce, dócil, passiva, submissa, tem fama de ser dura, fria, grossa. E, no Brasil governado por esta mulher, tantas outras morrem assassinadas por seus companheiros; morrem de parto ou de complicações por aborto inseguro; são violentadas e exploradas sexualmente; trabalham no campo e na cidade, em casas de família, na informalidade e não têm seus direitos trabalhistas respeitados. Para que uma rainha da beleza, se temos mais de 22 milhões de mulheres chefes de família. Em nossa História, recente e remota, temos tantas mulheres que nos orgulham e nos fazem acreditar que vale à pena lutar por um mundo melhor. Não, definitivamente não precisamos de títulos como esses.
Por tudo isso e em respeito às mulheres do Mundo, eu não assisto ao concurso de Miss. E você?
quarta-feira, 20 de julho de 2011
ARTIGO: FLÁVIO CAMPOS NETO
O Brasil vive um momento de frenesi no tocante à questão das drogas. Relembrando o jargão do já saudoso ex-presidente Lula, nunca na história deste país debatemos tanto o tema das drogas como estamos debatendo hoje. Muito embora, existem setores da sociedade que convidem o cidadão à ignorância quando o assunto é droga: Droga, nem pensar, dizem eles.
quarta-feira, 1 de junho de 2011
Educação como arma para acabar com divisionismos
Foto: divulgação da internet |
A exemplo desse tipo de ação intencional, por volta de 1850, os projetos educacionais, no sudeste, eram marcados pela ação de determinados grupos familiares produtores de café, interessados na manutenção da escravidão. Educavam não os que serviriam, mas os futuros senhores.
Não pensemos, que na atualidade, não vivemos um ambiente escolar extremamente maquiado e maquinado para produzir afirmações de poderes. Um plano escolar voltado para preparar mão de obra sem pensamento crítico. Braços prontos ao labor. Cabeças fracas para o questionamento.
Temos o Poder formando cidadãos para a manutenção do próprio Poder.
Muito mais que pensar no alcance da escola para todos os cidadãos, devemos pensar e ouvir o que diz essa escola e que marcas, que memórias ela deixa em nossas crianças e adolescentes. Do contrário, estaremos condenados a um labirinto, ou pior, a um círculo de acontecimentos lamentavelmente repetidos.
Nos anos 1960 tínhamos um exemplo diferente deste, que buscava afirmar a elite nas instâncias de poder. Nesse ano foi criado no Recife o Movimento de Cultura Popular com o objetivo claro de ampliação da consciência sócio-política da população, nascendo no seio do movimento social, sendo mais tarde apoiado pelo poder público e muito criticado por quem via a educação como mecanismo de afirmação dos poderosos.
Pensar em transformar a sociedade a partir da educação pode soar utópico, mas é a idealização de algo possível, de algo que queremos, ou seja, perfeitamente realizável. Ao garantir a universalidade – na Constituição de 88 – e deixar para trás a velha escola, aquela que apenas prioriza o letramento, inicia-se a jornada para a construção da educação comprometida com o projeto político de transformação social, extinguindo os divisionismos, de modo a tornar a escola um espaço de superação da marginalidade, garantindo a equalização social.
A grande dificuldade na edificação da nova escola é garantir o trabalho diário para que o ambiente escolar promova o reconhecimento da dimensão social do homem, a partir da preparação para a participação efetiva na vida social e cidadania.
Com esses esforços nascerá uma escola que não esteja apenas preocupada em atingir índices educacionais pré-estabelecidos e sim empenhada em promover a superação das desigualdades, e que priorize as relações sociais, estimule à participação, o protagonismo, a democracia, o engajamento social, a preparação para o mundo do trabalho. Além desses papéis, a escola tem o dever de elevar o nível intelectual das massas, com a difusão do conhecimento, focada em obter a fórmula revolucionária para a libertação que garantirá a emancipação do jugo colonialista e dias melhores, um povo melhor, e quiçá governantes melhores.
Márcia Rebeca – Professora de Química
Rodrigo Souza – Acadêmico de História
domingo, 29 de maio de 2011
UM POUCO DE POESIA
segunda-feira, 11 de abril de 2011
O MUNDO PEDE SOCORRO
O mundo começa a viver uma crise climática. Muitos desafios estão sendo expostos para o próximo período. É urgente quebrar as amarras da lógica consumista e buscar meios eficientes para que no futuro haja condições de conter essa escalada da temperatura e mudanças que o clima vêm sofrendo.
Se não houver uma ação real e unificada, dificilmente vamos conseguir salvar o planeta. Se você deixar para o seu vizinho cuidar, talvez ele deixe para você e no final das contas só quem perde são as futuras gerações que já nascem conscientes de que o mundo que elas vão encontrar pela frente será cada vez mais difícil para nele sobreviver.
Por isso quero trazer este debate a tona aqui em nosso blog com um vídeo realizado pela ONG 350 e US Chambler que de forma artística, através do graffiti, retratou como está funcionando o atual sistema planetário.
Chamber.350.org from Hans Hansen on Vimeo.
Frases no final do video:
Frase 1: Cada geração precisa de uma nova revolução (Thomas Jefferson)
Frase 2: Isto é o que a democracia parece
domingo, 10 de abril de 2011
Luciano Ducci abre programação para 4,5 mil jovens, nesta segunda
O prefeito de Curitiba, Luciano Ducci, abrirá na segunda-feira (11), às 8h30, no Salão Brasil da Prefeitura, a quarta edição da Semana Jovem de Curitiba. O evento reunirá até 17 de abril, em diferentes espaços da cidade, 4,5 mil participantes de 14 a 29 anos para avaliações e divulgação das atividades e políticas públicas oferecidas na área.
"Com esta programação, fazemos uma mobilização social e trazemos o jovem para dentro da Prefeitura", diz Luciano Ducci. “Ao planejar políticas públicas para garantir o futuro desses jovens devemos contar com a participação deste grupo. Precisamos ouvi-los e definir ações conjuntas para garantir a eficiência das políticas públicas”.
A Semana Jovem é organizada por 12 secretarias municipais que desenvolvem programas voltados para a juventude. Durante sete dias, os jovens participarão de atividades multiculturais. A programação inclui exibição de filmes, rodas de conversa, passeios turísticos e cursos.
Em Curitiba, a população de jovens, com idades entre 15 e 29 anos, representa quase 27% dos moradores. São aproximadamente 482 mil rapazes e moças que estudam, trabalham e desejam viver em uma cidade com oportunidades e boa qualidade de vida.
Participam da Semana Jovem as secretarias municipais da Educação, do Governo Municipal, do Abastecimento, do Esporte, Lazer e Juventude, do Meio Ambiente, do Trabalho e Emprego, da Saúde, Antidrogas, Fundação de Ação Social, Fundação Cultural de Curitiba, Instituto Municipal de Turismo, e Agência Curitiba.
ACOMPANHE A PROGRAMAÇÃO
Segunda-feira (11)
8h30 - Abertura no Salão Brasil da Prefeitura
14h - exibição de filmes na Cinemateca
16h - palestra Juventude com o secretário Municipal do Esporte, Lazer e Juventude, Marcello Richa
19h - Palestra Empreendedorismo e Vida (Bom Negócio) no Centro de Capacitação da Secretaria Municipal da Educação.
Terça-feira (12)
14h - exibição de filme na Cinemateca
14h - curso sobre nutrição no Mercado de Orgânicos
18h30 - passeio noturno no Zoológico com alunos do ProJovem Urbano de Curitiba
Quarta-feira (13)
9h - palestra A Importância do 1º Emprego no Colégio Estadual Santa Cândida, com o secretário municipal do Trabalho e Emprego, Paulo Bracarense.
10h - palestra sobre pontos turísticos na Escola Municipal São Miguel
14h - exibição de filmes na Cinemateca
14h30 - palestra sobre pontos turísticos na Escola Municipal Durival Britto e Silva
19h - palestra do programa Papo Legal no Centro de Capacitação
19h - palestra A Importância do 1º Emprego no Colégio Estadual Santa Cândida, com o secretário municipal do Trabalho e Emprego, Paulo Bracarense
Quinta-feira (14)
8h - passeio na Linha Turismo, com ônibus jardineira, para os alunos da Escola Municipal São Miguel
13h30 - passeio na Linha Turismo, com ônibus jardineira, para os alunos da Escola Municipal Durival Britto e Silva
19h30 - palestra Sustentabilidade e Responsabilidade Social com o professor Evandro Razzoto, na Associação de Moradores do Parolin
Sexta-feira (15)
14h - roda de conversa sobre sexualidade e drogas no Centro de Capacitação
19h - encontro ProJovem e EJA no Centro de Capacitação
Sábado (16)
14h - oficinas Participação Cidadã em escolas do programa Comunidade Escola
9h - Jovem Curitibano na praça Afonso Botelho
14h - Jovem Curitibano na praça Afonso Botelho
REALENGO DO BRASIL
sábado, 12 de março de 2011
ANO INTERNACIONAL DA JUVENTUDE
A iniciativa da ONU tem por objetivo promover os ideais da paz, do respeito pelos direitos humanos e solidariedade entre gerações, culturas, religiões e civilizações.
Há mais de 1,2 bilhão de pessoas com idades entre 15 e 24 anos no mundo, representando cerca de 18% da população mundial. O Ano Internacional da Juventude apresenta uma oportunidade para destacar as contribuições que os jovens estão fazendo para a sociedade e para promover sua participação plena e efetiva.
Os países em desenvolvimento são o lar de 87% dos jovens que enfrentam dificuldades, como acesso limitado a recursos, saúde, educação, formação, emprego e oportunidades econômicas.
Em um momento em que o mundo enfrenta múltiplas crises que muitas vezes se sobrepõem, investir e estabelecer parcerias com a juventude é fundamental para encontrar soluções sustentáveis. Ao adotar a resolução 64/134 proclamando o Ano, os Estados-Membros da ONU confirmaram a importância que a comunidade internacional dá à integração das questões relacionadas com a juventude nas agendas de desenvolvimento global, regional e nacional. Para orientar os seus esforços durante o ano, a ONU está se concentrando em três grandes objetivos: (1) aumentar o investimento na juventude, (2) aumentar a participação dos jovens e suas parcerias com eles e (3) aumentar a compreensão intercultural entre os jovens.
Assista abaixo ao vídeo produzido especialmente para o lançamento do ano:
A ONU e os jovens
Em 1985, a ONU comemorou o primeiro Ano Internacional da Juventude. Em seu décimo aniversário, a Assembleia Geral aprovou o Programa Mundial de Ação para a Juventude, com a criação de um quadro de políticas e diretrizes para a ação nacional e apoio internacional para melhorar a situação dos jovens. Hoje, o Programa Mundial de Ação para a Juventude desempenha grande papel no desenvolvimento da juventude. Centra-se no reforço das capacidades nacionais da juventude e no aumento da qualidade e quantidade de oportunidades de participação disponíveis para eles.
Jovens e organizações juvenis são incentivados a iniciar e participar de atividades de comemoração do Ano assinando a e-newsletter mensal da ONU “Youth Flash” em www.un.org/youth; fazer download de materiais do site oficial social.un.org/youthyear e participando da consulta mensal no Facebook.com/UNyouthyear.
Diálogo e compreensão mútua
Com tantas demandas conflitantes por recursos escassos, os países muitas vezes não reconhecem plenamente o quão fundamentais os jovens são para as suas economias nacionais, sociedades e democracias – hoje e no futuro – e, consequentemente, fazem poucos investimentos públicos em programas para aproveitar seus recursos produtivos.
terça-feira, 8 de março de 2011
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
CAOS NO TRANSPORTE
Um universo de soluções é apresentado diariamente, mas não se efetiva quase nada. A quem serve o estado não administrar bem o transporte e dar concessões que somente usurpam os cidadãos?
Até quando vamos sofrer as conseqüências da urbanóide tupiniquim.
Não dá mais para esconder a realidade.
Abaixo segue uma experiência 100% brasileira e com dinheiro público, que quando bem investido e gerencia do gera resultados concretos e objetivos, resultando na melhora da qualidade de vida da população.
É hora de arregaçar as mangas e fazer de fato o debate da mobilidade urbana/humana, em especial da juventude, que hoje é vitima da falta de acessibilidade para sua locomoção e busca do bem estar.
Sem contar de que falamos tanto em sustentabilidade, mas colocamos mais de 4.000 carros diariamente nas ruas do país sem planejamento algum.
Hora de pensar e repensar.