quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Eu não roubo pai de família

Ontem, assistindo ao telejornal da noite vi uma reportagem feita por um repórter cinematográfico. Ele filmava a ação de um ladrão de fios de cobre. O ladrão roubava os fios da rede de um viaduto. Ao terminar o "serviço" ele se aproximou do repórter e da câmera e disse: "Sou ladrão. Eu roubo cobre. Eu não sou ladrão que rouba pai de família não." As imagens seguintes eram do viaduto e da passagem de pedestres às escuras.
O ladrão, ao se dirigir ao repórter fez questão de dizer que não roubava pai de família, pois, acredito eu que em sua humilde compreensão roubar pai de família significa roubar pertences que estejam nas mãos de um cidadão que passa na rua.
Não consegue perceber que ao roubar fios de cobre, um bem público neste caso, ele está roubando a si e a muitos outros cidadãos que trabalham para pagar seus impostos. Ele não consegue perceber que um dos maiores prejudicados neste ato é ele mesmo, pois o dinheiro que deverá ser investido para a reposição do fio de cobre roubado poderia ser utilizado por exemplo, em programas de estimulem o aumento da oferta de empregos.
O que é melhor: um benefício imediato em detrimento de um todo, ou um benefício que poderá demorar a chegar mais que durara mais que uma noite?

sábado, 1 de janeiro de 2011

Ano Novo

É só mais uma noite que separa um dia de outro, uma noite que separa um ano de outro. Entretanto, é nesta noite que muitas esperanças são renovadas. Esperança de dias melhores, esperança de vida nova. Mas será que alguém na virada do ano, quando todos e todas fazem suas simpatias na esperança de almejar sonhos (pular 7 ondas, comer romã, lentilha, usar roupa de determinada cor), se pergunta o que está fazendo para mudar esta realidade que tanto criticamos?
Sonhar que no próximo ano a vida mudará, que se terá a esperança de um país mais justo é muito fácil. Sonhar é muito fácil. Colocar o sonho em prática é que é difícil. Muitas vezes o comodismo não nos permite que corramos atrás das mudanças, das melhorias que tanto sonhamos. O que fazemos diariamente é que nos levará a dias melhores, onde todas e todos terão igual acesso a educação, saúde, esporte, lazer, inclusão digital. Esse país que sonhamos não deve ficar só nos nossos corações e mentes, ele tem que se tornar real.  Por isso, tenha fé, creia, confie, tenha ânimo e persistência, insista no sonho, por você, pelo outro e por um país. Que tal nos juntarmos para colocar em prática esse sonho de uma país de igualdade para todas e todos?
Feliz 2011