O Brasil viveu durante anos sob o regime educacional propiciado pelos jesuítas. Neste regime observava-se apenas o desejo de expansão do cristianismo e da cultura do dominador, como forma de domesticar os dominados, em sua maioria índios e escravos.
A pirâmide social era baseada na organização para o trabalho. A igreja dominava os cenários sociais e político. A Instituição escola era dispensável, pois não era necessária qualificação para se trabalhar nas monoculturas.
Ao passar dos anos a sociedade política iniciou seu processo de fortalecimento, com isso começou a ser observado o processo de formação da política educacional.
Com a crise de 1929 a economia de agroexportação teve seus recursos destinados para outros setores, como a industria, que passou a produzir aqui bens que outrora eram importados.
Durante o Estado Novo vê-se a formulação de uma política educacional com a Criação do Ministério da Educação, da preocupação com a formulação do PNE, da regulamentação do financiamento da rede formal de ensino e sua gratuidade, de facultar o ensino religioso, a introdução do ensino profissionalizante.
O sistema de ensino mudou junto com a economia. A indústria buscava mão-de-obra qualificada e o Estado passou a fornecer a qualificação indo ao encontro da burguesia e dos mais pobres, pois a chance educacional era posta como um prêmio. Porém a chance que todos vislumbravam que era a ascensão social somente era obtido pelo título acadêmico, e isso, o ensino profissional não permitia.
O Estado passou a controlar o sistema educacional, que antes estava sob os poderes da Igreja.
As mudanças proporcionadas pelo desenvolvimentismo desencadearam o início dos conflitos de classes, pois a classe menos dominante sentiu-se excluída dos processos de decisão.
O sistema educacional brasileiro nasceu mediante as transformações econômicas do país, pois a partir do momento que foi preciso preparar os trabalhadores para o trabalh0o, o poder público preocupado em enriquecer o país sentiu a necessidade de oferecer educação gratuita para a população
Por Márcia Rebeca com a contribuição: Prof.: Janari Negreiros
essa semana fazia uma reflexão sobre a questão da educação, democratização do ensino e do espaço academico... creio que os interesses em 'fornecer' ensino 'gratuito' tenham sido economicos, até pq vemos pelo ensino sendo tratado como mercadoria no mesmo fenomeno que ocorreu com a cultura no chamado fenomeno da indústria cultural... mas que tipo de educação estamos falando quando o acesso às universidades se dá pela mercantilização, cursos de graduação com conteúdo técnico e superficial, não incentivo a pesquisa, metodologias totalmente voltadas para o fortalecimento do mercado e banalização do ser humano que é tratado apenas como mais um recurso deste mercado...
ResponderExcluirmas gostei do texto e da retrospectiva histórica... parabéns!
bjs
É Tati o mal da educação que ela é sempre pensada por essa ótica econômica e mercantilista. Quando tivermos governantes preocupados com a formação social, intelectual e moral do povo nós teremos uma educação melhor.
ResponderExcluirBela análise.
ResponderExcluirO mundo evoluiu e a forma de pensar em Educação continua a mesma. A ínfima e lenta evolução que ocorre vem dos agentes internos, sem apoio dos governantes.
Enquanto tivermos governantes interessados em não alfabetizar o povo, continuaremos com eles mandando e fazendo o que querem. Como controlar cidadãos pensantes?
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